Desde que entramos em quarentena tenho visto muitos colegas oferecendo Lives de aulas de Yoga no Instagram ou Facebook.
Meu trabalho como instrutora de Yoga sempre foi pautado no cuidado com os alunos e nas aulas personalizadas para cada pessoa. Pois como cada ser é único, acredito que a prática também deve ser única.
Mesmo quando a aula de Yoga é em grupo, a instrução deve ser individualizada. O Yoga deve se adaptar à pessoa, e não o contrário. Por isso o Yoga é para todos.
Mas e as Lives?
Na Live, o professor não sabe quem está assistindo sua aula; não está vendo o aluno; não sabe se o aluno possui alguma restrição de movimento ou se tem alguma condição específica de saúde.
Dentro da prática física de Yoga, existem muitas posturas que possuem contraindicações.
Minhas aulas estão acontecendo de forma online e ao vivo através de chamada de vídeo pelo aplicativo Zoom. Eu vejo o aluno e o aluno me vê. Mas o mais importante é que EU possa ver o aluno. O aluno passará a maior parte do tempo concentrado em seu próprio corpo e em sua respiração, muitas vezes até de olhos fechados cultivando a introspecção. Da minha parte, eu preciso estar atenta ao aluno o tempo todo, percebendo se o aluno está bem, conseguindo executar as posturas corretamente, preciso ver o alinhamento e além disso, preciso conhecer o aluno.
Todos os meus alunos, antes de começar a praticar, respondem uma ficha de anamnese. Com essa ficha eu consigo preparar uma aula elaborada especialmente para ele de acordo com todas as suas necessidades e objetivos.
É por isso que eu não faço Lives com aulão de Yoga. Eu não saberia quem estaria me assistindo, eu não saberia se a pessoa que está assistindo pode realmente executar essa ou aquela postura com segurança. E é por isso também que minhas aulas não são gratuitas. Porque eu levo meu trabalho muito a sério, dou valor a ele e à minha profissão. E como qualquer outra profissão, dar aulas exige de mim muito estudo e conhecimento. Meu propósito é levar o bem-estar aos alunos de forma segura e responsável.
Namastê!
E viva a diversidade de opiniões, escolhas, modos de vida e pensar!