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Foto do escritorNathalia Morgana

Meditação com Mandalas

Mandalas são diagrama sagrados que representam o cosmos composto de formas geométricas concêntricas, utilizado no hinduísmo, no budismo, nas práticas psicofísicas do yoga e no tantrismo como objeto ritualístico e ponto focal para meditação. Do ponto de vista religioso, a mandala é considerado uma representação do ser humano e do universo.


A sua antiguidade remonta pelo menos ao século VIII a.C. e são usadas como instrumentos de concentração e para atingir estados superiores de meditação (sobretudo no Tibete e no budismo japonês).


Uma das meditações mais conhecidas do budismo tântrico é a da construção de mandalas,

O propósito da construção desses elaborados desenhos, sejam como estruturas feitas de areia colorida, pó de arroz ou serragem, é a meditação.


Na Índia é comum que as mulheres desenhem mandalas a cada manhã na porta de casa, com a intenção de invocação a Lakṣmī, a deusa da beleza e da abundância, para atrair harmonia e prosperidade para o lar. Em pouco tempo esses desenhos são destruídos pelos veículos e pessoas que passam, e no dia seguinte, após a limpeza matinal, eles são traçados novamente. São, assim, formas de arte que nos lembram, ao mesmo tempo, a sacralidade e a impermanência da vida.


Monges também costumam criar mandalas de areia e, uma vez laboriosamente concluídas, são destruídas pelos próprios monjes que as fizeram, para lembrar da impermanência das coisas.


As mandalas foram popularizadas no Ocidente pelo psicanalista suíço C. G. Jung, que descreve as mandalas como quadros representativos ideais ou personificações ideais que se manifestam na psicoterapia, interpretando-as como símbolos da personalidade no processo da individualização.


“Eu esboçava todas as manhãs em um caderno um pequeno desenho circular, […] que parecia corresponder à minha situação interior naquele momento. […] Só aos poucos fui descobrindo o que a maṇḍala realmente é: […] o Self, a totalidade da personalidade que, se tudo correr bem, é harmoniosa”. C. G. Jung, Memories, Dreams, Reflections, pp. 195–196.


Mandala é uma palavra sânscrita que significa círculo. Mandala também possui outros significados, como círculo mágico ou concentração de energia, e universalmente a mandala é o símbolo da integração e da harmonia.


A mandala pode ser considerada uma espécie de yantra. Yantra é uma representação simbólica do aspecto de uma divindade. São diagramas geométricos rituais: alguns deles correspondem a determinado atributo divino e outros são a manifestação de certa forma de encantamento.

Durante muito tempo, a mandala foi usada como expressão artística e religiosa, através de pinturas rupestres, no símbolo chinês do Yin e Yang, nos yantras indianos, nas thangkas tibetanas, nos rituais de cura e arte indígenas e na arte sacra de vários séculos.



No busdismo, a mandala é um tipo de diagrama que simboliza uma mansão sagrada, o palácio de uma divindade. Geralmente, as mandalas são pintadas como thangkas e representadas em madeira ou metal ou construídas com areia colorida sobre uma plataforma.


Quando a mandala é feita com areia, logo após algumas cerimônias, a areia é jogada em um rio, para que as bênçãos se espalhem.

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